Agora nem nómada, nem emigrante.


quarta-feira, outubro 23, 2013

Coisas






Foram sonhos atordoados que atirei
Dos penhascos abaixo, minha árvore
Meu tronco, meu amor louco

E jazem entre paredes vazias
As memórias de poucas noites
Esvaziando as cordas do ser

Enlouquece poema meu, vasto
Sorri-me entre a barba uma vez
Só aquela que não tive para saber

Conhece-me entre a partida
O pedaço de céu e o erro
Desenterra o teu eufemismo

Entre sete ou outro número
Estabelece-me nua e mórbida
Sem limbo de segurança, sim

Transporta-me entre coisas
De dormir colado, não sei

Sabes tu?

Eli


terça-feira, outubro 22, 2013

Cidade






Ainda que eu soubesse que não valeria a pena escrever a branco, fui, acreditando, manhã fora, mas no meio de Energúmenos que não franziam o olhar com exatidão, encontrei-me sentada numa cadeira vermelha, onde perdia meia hora dada sem ser oferecida. Será que haverá ainda humanos por aí?! No final, haja quem ainda se lembram de me cortar o dia com exatidão para que a rotina se esvaia. Então, quis lembrar-me um pouco do sonho de uma noite de sexta entre o abismo de um beijo passado e uma dança com o homem que não quero meu. Estranho seria ficar parada à chuva, quando ela não me mostrou mais do que sons e palavras, toques e sumos de ser. E, por isso, fomos uma só, eu e a cidade. Então, ela mostrou-me que ninguém irá reparar em mim. Somos uma só, onde figuro só porque sim. Chego a casa, choro. Parto para o vazio, preenchendo-o com vasta atenção, vaga recuperação, até que tenho a prova que mesmo que não fale, algo terá mesmo que acontecer só para que não me chegue o dito, o cujo.

Eli

segunda-feira, outubro 07, 2013

Convite :)

Este blogue tem o prazer de vos convidar para a apresentação de "7 Pecados", onde Eli participa com um pequeno texto.

Sintam-se bem.

:)