Agora nem nómada, nem emigrante.


segunda-feira, maio 26, 2008

Queria



Relembrar um pouco das almas que passam por nós é um acto um pouco solitário e talvez pouco enriquecedor. Estou numa fase com pouca dedicação dos outros e sinto-me recolhida cada vez mais na minha carapaça. Sim, eu tenho uma e é verdadeira. Às vezes, basta um som ou um pensamento para eu reconhecer que estou, efectivamente sozinha. Quem me conhece bem sabe que não sou assim e que tenho tantas lições de positivismo e companheirismo para dar aos outros. No entanto, há segundos um pouco longos em que não me inteiro dessa virtude e escapam-me pelos dedos os sorrisos que poderia exprimir na pele... Queria...


Eli


(Palavras e imagem de Eli.)

domingo, maio 25, 2008

Quero


Perdi o momento. Terei eu optado num segundo por algo que o medo pressionou?! Não obtive qualquer resposta. A minha vontade é apenas de ler nas entrelinhas do passado um mote para o futuro. Gostava de não ter que controlar sempre o que sinto. Consigo passar muito tempo deleitada com alguma inspiração capaz, mas há sempre a necessidade de reconhecimento mesmo que não seja exactamente de um retorno. Uma entidade a poucos metros de distância deixou-me perplexa com tanta importância... O significado dos sinais sobrepõe-se ao prévio abandono. Quero soletrar cada sonho num ambiente pacífico cheio de confiança e harmonia. Anseio a sua leitura das minhas palavras a cada passo com o cheiro a água caminhando pelas pedras íngremes dessa calçada impune. A inspiração não chega nem vai. Estou num impasse pouco sereno e dou de mim sem um único aviso de saída. Mais uma espera. Aguentar. Pouco... Sorrisos que se relembram em mentes telepáticas. O toque na pele como órgão adivinho sensitivo e complexo. Quero.
: Eli :
Foto e palavras de Eli.

sábado, maio 24, 2008

Tu


Pé ante pé... descubro que não há limite. O que tantas vezes me surgiu ao longe e eu me ergui para apanhar, agora está mesmo aos meus pés. Terei que me curvar. Como fazê-lo?! Olho para o horizonte das minhas vivências e nada está longe. Tudo me é tão próximo, que não podia ser fácil de alcançar. Como te dar a mão, se, tu, que estás aqui tão perto e não me consegues alcançar?... Há um sorriso novo que não quero esconder, nem voltar a face quando o sonho de te beijar se cumprir. Tu, que não sabes que este blog existe. Registo-te, aqui, no meu espaço, como tentativa de futuro e erro desconhecido em passado próximo. Sabes, quando todos os sinais indicam o caminho e existem tantas coincidências que as loucuras urgem em cometer-se?! Esse momento é agora. O medo tomou conta do momento. O inadiável surgiu. As pedras da calçada escorregam e eu não queria cair. Estiveste a observar-me na janela da tua imaginação. O teu tecto são as estrelas e ouviste o ladrar de um cão. Tudo aparentemente normal, não fosse a Aldeia Global e o mundo aos nossos pés estar apenas a uns metros de distância. Quando me passear pela rua e sorrir, poderá ser para ti. Gosto disto e quero mais!
:)
Eli
:)
Palavras e fotografia de Eli.

terça-feira, maio 20, 2008

Ouve-me


Não é a letra da música, acredita. Nem tampouco são as palavras que me dizes quando não falas nem escreves. São pedacinhos de um mar outrora sonhado que nunca adivinhou o futuro de um olhar salgado. Envolvendo-me no teu abraço, som da tua voz, cheiro o teu pescoço, arrepio-te, como se de um sorriso meu se tratasse. Sussurro baladas em torno da dança que não tive, mas prometi. Gosto de ti. Há um pedaço de esperança no amor, assim como uma ponte que une duas margens, a distância não nos separa. Sei que queres ficar comigo para sempre, por isso, dá-me essa mão e liberta o sonho por um momento.
Um pensamento único de...
Eli
:)
(Imagens e palavras de Eli.)

sexta-feira, maio 09, 2008

Ponte



Não vejo (agora) as marcas do caminho

As nuvens sobem sem segredos pelos postes

Andam-me a percorrer, sem chover, sem parar

Não vejo as estelas que me guiaram devagarinho


Não pertenço aos cimos dos montes

Uma queda de sangue fez-me ansiar

A cada passagem... um final sozinho


Do nu negro norte das pontes

Entregam-me o testemunho para ensaiar

Escorregadias brincadeiras de futuro

E, cerrada, uma entrega sem esperar...


Eli


(Imagens e palavras de Eli.)

sexta-feira, maio 02, 2008

Libertação


Um sonho. É mesmo disso que tenho que falar, para que a memória não o esqueça e o relembrar de algo tão belo e suave também não se possa perder.... A criatividade dos meus sonhos a dormir é tão fantástica que, na maioria das vezes não reconheço lugares, caras, acontecimentos... Numa manhã próxima, sonhei com a possibilidade do Amor. Senti que conseguia flutuar sem forças e não voei, mas fui elevada por entre árvores por alguém que não sentia o meu peso... Não havia massa, mas vivi dentro de um filme... maravilhoso... no final do sonho de sorrisos desconhecidos, de alegrias profundas, de pessoas agradáveis... houve um beijo. Descobri aquele beijo quase segredado aos teus lábios tão arrepiante e original, que não me lembrou mais nenhum senão aquele... Os lábios molhados pelo meu gosto num envolver tão simples e tão completo.
Sempre defendi que os sonhos (a dormir) servem de libertação.
Eli
:)
P.S. Imagem e palavras de Eli.