Agora nem nómada, nem emigrante.


sábado, dezembro 29, 2007

Turbilhão

Talvez a perspectiva seja outra, mas a ideia de tranaforma-te nisto, era simplesmente um segredo revelado.
Sorrisos gozadores de sentimentos nunca recíprocos...
Homens que vislumbram uma imagem mais de palavras minhas, que se transformam em vãs e incapacitadas.
Idades que já viveram e que deixaram a marca da aprendizagem extremamente vincada em tijolos luxuosos.
Mais uma vez, me deleito em sentimentos apenas meus, sem força, sem ânimo, apenas os sinto intimamente como um desejo reprimido e um toque eternamente proibido.
Não me deixo envolver em tempestades pouco promissoras.
Apenas eu me vejo comigo em futuros de paz e duradouros de sorrisos felizes.
Quem sabe a neve chega e o frio vem explicar-me a ternura do pequeno ambiente que deixo quente, como se o lugar de Jesus se tratasse.

Eli

:)

quarta-feira, dezembro 19, 2007

Simplesmente montanha

Nascendo lá longe,
Atrás da última montanha
Está uma gruta malvada
Gemendo um trovão em cada entranha
.
Lá, onde já espreitei,
Mas onde nunca permaneci
Murmura um sonho
E um anjo sorri
.
Onde quer que seja
O meu pensamento
Vai onde
Não existe tormento
.
Tal modo de existir
Uma manhã após um sonho
E o calor prometido
Tanto medonho...!
.
E porquê permanecer?!
Numa tábua de escassear
Para me render
A esta vontade de saltar!...
.
Eli
.
:)
.
P.S. Imagem de Eli!!!

segunda-feira, dezembro 10, 2007

"feeling"



Um dia eu explico-te o significado dessas duas palavras entituladas
Um dia, confessarei o sentido de cada silêncio
Na escrita diária de sentimentos
Ao ler as manchas de um diário
Desparecerá o pó dos pensamentos
E, o coração de outrem baterá por mim
E pelo meu sopro
Não serei castelos, nem princesas
Nem sequer uma alma literária
Serei o que sou,
Uma mera escritora de dissabores e emoções
Encontrar-me-ás, num toque de alma
Numa massagem interior que sabe a chave
E baterão as badaladas da confiança
Da inteligência e do mar
As asas de cera queimarão
E, apenas depois, se confessarão...
As letras, o som e eu.
Eli
:)

quinta-feira, novembro 15, 2007

Eh! Eh!


Fotografia de Susana Rocha, com a minha máquina e no meu carro!!!


Vislumbro ao longe
Uma réstia de esperança
Desenhada num círculo
Que apenas existe
Quando o olho

Canta-me com vozes de sopro
Que se ouvem longe
E se choram perto dos ouvidos
Gemem o coração
Elevam as mãos
E servem os sorrisos
De beijos em Terra

Segura-me os tecidos
Com as pontas dos dedos
E carrega a minha imaginação
Como se de amor se tratasse!

Sorrir, saltar e correr
De liberdade,
Sem expectativas
Apenas dançar com a música
Sem outrem e sem paixão!

Eh! Eh!

:))

Eli

P.S. Music makes me happy!!!

segunda-feira, novembro 05, 2007

Aveiro

Não é que nã encontre uma palavra para escrever, ou um pensamento para transmitir, já que ando sempre repleta deles, mas a veia que faz jorrar a inspiração, deve ter sido cortada e escorrida, pois não sinto...

Eli

:)



(Fotografia de Ricardo Rodrigues)

quarta-feira, outubro 17, 2007

A luz


Mais uma vez me sento no luar das estrelas e me deleito com o brilho. Deixo-me enfraquecer um pouco para que o levitar se torne possível. Quiçá tenha perdido a liberdade da paixão e ganho uma percentagem de sorrisos... Como poderia eu saber qual o mais certo, qual o querer optar. Ser.
Sorrir ao som de vozes que se proclamam em escritas infinitas e voltar a um ritmo que não tive jamais em condições semelhantes.
A estupidez.
Descobrir que a dança dos corpos não tem nada a ver com cor, mas com o som e só este tem a capacidade de colorir momentos além-mar... uma história com princípio, mas sem fim à vista.
Passo a passo.
Prossigo, mais uma vez, desenhando em cada árvore um castelo de imaginação e poder.
Palmas. Há um piano que não cessa as minhas capacidades...
Anseio opções vindouras de rasgos de imaginação excitante e arrebatadora.
Quero.
:)
Eli

segunda-feira, setembro 24, 2007

Positivismo

Graças a esta força do pensamento, o novo momento pode ganhar a um rumo aliciante e fazer-me correr com toda a força que as minhas pernas permitem. A um ritmo alucinante... há uma energia a ser activada, cada vez que o vazio procura lugares dentro de mim e a palavra solidão ousa tornar-se evidente numa percentagem da minha existência.
No entanto, há milhões de momentos na vida e esses podem ser ser acolhidos e não combatidos, para que se entendam, assimilem e ultrapassem. Fugir de um sentimento não é a melhor saída. Há uma fobia que se cria a cada abandono de situação nova.
Muitas vezes, fechar os olhos, ver o mar com os ouvidos e sentir o seu cheiro com o tacto... é como sentir uma música que nos faz sentir mais e mais com uma clareza espampanante.... um sentimento surreal de ser feliz só porque sinto!
Outrora, defendia que "vale mais sofrer por amor, do que não ter amor para sofrer", hoje, acredito que vale muito mais sentir, do que não sentir, por isso, se a paixão me abala o coração e o rasga de tanto sentir e me prolonga o corpo através de um arrepio, para quê abandonar tal sensação?! Não!!!
De que vale ter um enorme coração se não for arrebatado um segundo que seja?! De que vale esperar apenas?!
Há uma escrita em cada um dos que me cercam com sorrisos, que me marcam.
Afinal, numa reflexão profunda, consigo sentir que nunca perdi nada, mas que conquistei tanto tanto... arranhar um piano que não toco, mas que me toca a mim, como se de um passso no chão, melodia se tratasse. Não há perdas na música que se ouve com o outro, aquela que se dança com gestos cúmplices e sorrisos imperfeitos, mas completos. O cheiro de uma pessoa que ama... uma arma que voa, porque os sonhos são assim mesmo... uma luta e... quando algo me faz flutuar... [suspiro]
:)
Eli

Palavras e imagem de Eli.

quarta-feira, setembro 19, 2007

Sinto o Longe.

Imagem de Eli (aquando na Terceira)


Lá longe, onde não vai ninguém, há uma praia virgem e solitária. Há uma pegada de rocha em cada salpico de areia perdido pelo vulcão que se emancipou.
E eu não tenho o chão, nem o céu, nem tampouco flutuo. Estou num estado vegetativo, a caminho do não existente... abandono e rectidão. Dedicação de um toque que não vem... sofrimento em momentos.
Onde está a certeza diária de alguém?!
Não valho o esforço que faço, nem como exemplo.
Em princípios de exactidão, promessas que não quis...
Cumprir.
Abuso sistemático de paciências redobradas em torno de sentimentos fortes.
O profundo de um parágrafo trazido às redes. O suspiro. A saudade.
Eli

segunda-feira, setembro 03, 2007

Compreensão


Compreender e assumir um caminho é parte de um todo de equilíbrio psicológico. A preparação inconsciente consiste em palavras registadas em momentos sistemáticos... a vivência contínua.
Sensações exteriores controladas por maquinismos humanos.
Estrelas de orgulho e sorrisos de sonho.
A lembrança de um futuro pensado não afasta o presente.
Sorrir porque o amanhã terá imensas possibilidades que não vi no hoje e não esperar que chovam oportunidades, mas senti-las e vivê-las intensamente.
Sorriso.
Pé adiante...
:)
Eli
(Foto de Eli.)

sexta-feira, agosto 31, 2007

Os amigos...


Ir...
Não haverá nada que me impeça de partir.
:)
Tudo irá melhorar! A cada letra que passa, há um sorriso que não deixo de esboçar, porque me sinto FELIZ! Que me importa a sílaba ou o olfacto de um animal que passa das marcas e abusa do seu destino?! Vou abater as sombras de um fado que foi traçado pelas linhas de mãos alheias e "be me"! Sou! Afinal de que me vale olhar para este amontoado de inspiração diária, quinzenal, semanal se não for para fazer valer todos os rasgos de imaginação possível mesmo que temporária!? E não me perguntarei mais se vale a pena ficar parada ou viver sem sobrevivência diária. Ficar com aqueles sobreviventes de um lugar comum é saciar a sede do prazer de respirar fundo e suspirar sem justificá-lo com outros... com opções, com excepções e viver o dia-a-dia eu mesma! De que vale pensar pouco e não fazer surgir a música de dentro do outro?! Enaltecer as virtudes de um amigo é simplesmente fazer jorrar as vontades de ser mais e ser simplesmente assim. Como admiro a personalidade daqueles que me fazem sentir mais eu que eu mesma consigo e me dão força sem o fazerem, simplesmente assim. Sorrir a uma sorriso sem precisar de imagens... apenas música. Sentir a brisa do vento que arrefece chamando pelo Outono de braços abertos e olhos fechados... por segundos o êxtase de ser EU, mas não o seria tanto assim se não fossem... sim, não seria tão feliz sozinha... as noites repetem-se sem obrigações, sem compromissos. Dar as mãos. As minhas. Segurá-las com sorrisos e fotografias... o copo que se estende de um amigo por um amigo a um amigo... Os amigos...
Eli
:)
Imagem e palavras de Eli...
E já agora... este aqui é digno de ser publicitado... http://siamesesins.blogspot.com/
(Ver post publicado a 3 de Setembro de 2007)

domingo, agosto 26, 2007

Ir


Navegando por estradas de sentidos musicais com sorrisos claros de felicidade tudo menos aparente... Ser alguém que recebe assim como dá com energia positiva que não espera por não desconhecer o sentido dessa palavra, mas porque procurar traz fotografias de experiências inesquecíveis... Assobiando ao ritmo de uma piada transmissível... Danças vividas em cada passo nos pés de uma alma caminhante... sentir as nuvens abaixo do nível da consciência... parar para nada, apenas ser... prosseguir.
Estradas.
Há uma imagem de passado que nos transportou para o presente. O momento da escrita já passou quando o fiz... uma letra após outra, uma informação que não se distingue do todo. O doce que não se pede, nem se espera. O abraço e a terapia dos afectos puros.
Há tanto lá fora.
Porquê parar as imagens no inconsciente.
Ir.

Eli

:)

P.S. Imagem por Susana Rocha.

domingo, julho 29, 2007

Adeus Terceira


Nómada. Mais uma vez, empacotar, arrumar, enviar... Partir. Vou. Estou de partida, mais uma vez. De volta ao meu outro mundo, aquele que por mais que conheça, não deixa de me reservar surpresas. O desconhecido desta nova fase da minha vida alicia-me. Apetece-me fazer muito. Não me vou render às noites acordadas com dias a dormir... Em cada passo me persigo, espreitando um novo sorriso que me alegre o coração quando menos esperar. Que bom ir e por um belo futuro esperar, enterrando cada frase numa gota de poesia e fotografar-me em diários que não escrevo para que a memória se solte e ria... livre, como a emoção ao sabor do vento e da chuva. Ser.
Despeço-me da "Ilha Redonda" (again) e de todos os que me fizeram sentir melhor apenas pratilhando a sua presença no meu espírito, espaço e vivência...
Sorrio e parto.
:)
Eli
P.S. Palavras e fotografia de Eli.


sexta-feira, julho 13, 2007

Novo Caminho


Há uma luz que espreita o lugar onde me deleitei, me sentei e sonhei... muito, para se despedir sem lágrimas, sem som, sem nada... assim como eu, que parto sempre de costas voltadas.
.
Eli
.
:)
.
(Fotografia e palavras de Eli.)

segunda-feira, julho 09, 2007

Talvez... a culpa seja da saudade que rompe os olhares através das cores do mar. Num momento ou outro, a palavra "talvez" deixa de ter significado e esperamos por algo que nos arrebata os sentidos. Deixo-me levar ao sabor do que vier e entrego-me ao destino, durante um pouco, para que me escape e escorregue, como água, pelas mãos, a responsabilidade dos factos relevantes da minha vida...
Gostaria de falar directamente do coração. Não é possível, quando há uma resistência brutal que me encosta à parede e me deixa completamente cercada. Quero ser livre, mas não apenas em mim.
Eli
:)
Fotografia e palavras de Eli, como sempre.

sábado, junho 30, 2007

Noites...

Noites seguidas, repetidas, sem nostalgia nem saudade. Noites vividas, compridas e sentidas. Um passo, uma pegada. Tapeçarias e realidade. Um sorriso no laranja e uma mão que se esbanja. Um pedaço de sorte e ser, uma morada nos hábitos de comer. Assim, passa mais um pensamento pelo olhar, quando a Lua nos ilumina grandiosamente.
Fazes-me perguntas que tento responder sem o mundo perceber. Não sabes que as ouço. Proferir no hipotálamo as pulsões que não podes...? Impões-te aos guardiões de desejos. Não fomos. Apenas me deixo ir.
Não me queres guiar. Tens medo de não conseguir. Sabes o que eu penso, o que eu sinto, mas estás preso nas grades finas, que pela invisibilidade se vão enfraquecendo...
Noites na sombra do dia. Alternância profunda. Penumbra imunda. Não ter. Ser.
Esforço de sempre sentir e ir além das sensibilidades arrastadas por lençóis manchados pela solidão.
Ama-me!
Não vês que a paixão escorreu-me pelos lábios e não há tentativas que soprem asas de borboletas dentro de mim. A espectativa rasga a ansidade e ambas ficaram num passado apaixonado.
Quem sou eu para gostar demasiado?
Uma gota no meu passado. Um momento ultrapassado... ou não.
Rende-te ao coração. Ao Teu.
O meu ... venceu.

Eli

:)

(Imagem de Eli.)

domingo, junho 24, 2007

Escapatória...


Olho para o lado e vejo uma escapatória possível. Um dia que é já noite e que a saída se avizinha. Anseio pelas palavras lidas através da imensidão e pelo sonho ser vivido durante um segundo. Entretanto, sensações, antíteses de festas, pó de pérola, são esmagados num só copo e entregues à sensação inimiga. Vislumbro um parágrafo de solidão entre tantas relíquias. Tributo à amizade. Missão cumprida. Há um meio de transporte que teima em voar por cima dos meus olhos e exibir-se para as objectivas digitais. Um suspiro. A melhor das hipóteses possíveis foi concluída. Prossigo. Não ficarei estagnada. Em cada proposta haverá uma nova lei de pegadas e descobrirei o que a vida me deixar verificar com as palmas.
Eli
:)
Palavras e foto de Eli!

quarta-feira, junho 13, 2007

Fluir

Imagem de Clifford Ross

Retraio-me por um momento e a inspiração já me ultrapassou. Não deixou vestígios para rabiscos num caderno de capa verde... Nem um suspiro me devolveu. Sugou-me o crime da racionalidade e uma hesitação trouxe o arrepio do olhar que eu vi, mas não bebi. Dancei vezes sem conta uma alegria apaixonada, que guardava só para mim... E, por efeito de borboletas, um furacão rompeu-me o "normal", trazendo a alternância entre a fonte que jorra e a flor que brota em cada momento conquistado. O calor trepa pelas veias dos membros e deixa frases aqui e ali, como se de um romântico se tratasse... há um sonho. A realização é outra tendência. Há a fantasia ignorante e a inteligência expirada...
Eli
:)

domingo, junho 10, 2007

Limitada


Eli's photo.

sexta-feira, junho 08, 2007

Incapacidade


Apago palavras que seriam poesia numa das interpretações mais positivistas, quando lidas à luz de música de embalar corações... A inspiração vinga-se no escuro e esconde-se na luz. Não tenho lugar em ambos os destinos. Estou, mas não prossigo... como se o meu comboio tivesse parado aqui mesmo e eu me limitasse a observar pela janela a natureza da cor a acontecer... Os meus pensamentos pingam na janela e não chovo. Não consigo.
Há um travão em cada olhar fugidio. Devolvo cada centavo da minha capacidade de proferir sentimentos. Quem fui eu, que já não sou mais... Como foi que o receio me invadiu?! Não me lembro de tal me ser questionado... A incapacidade não fazia parte do meu vocabulário.
Culpo-me. Ando às voltas. Quero gritar letras de músicas.
Sentei-me no mar e ouvi a areia exclamar o quão óbvia sou, quando o mistério me envolve. Agarra-me a voz solene de um homem vivido, que me fala, nos ouvidos, quando canta... Este frio agarra-me à cama, que me segura entre o sono e o sonho.
A música. Só a música prossegue. Eu parei.
Estagnar até quando?!
O tempo existirá em sombras vazias e apagadas...
Eli
:)
Imagem e palavras de Eli, como sempre...

segunda-feira, junho 04, 2007

Transparente

És assim, tantas e tantas... muitas vezes.
Quando vês os meus olhos sorrir
Quando vês o meu sorriso no teu olhar.

Transpareces-te, brilhante, por segundos
E ficas no encalce sem, do momento, sair
Movendo as órbitas para me observar

Escapa-me durante um tempo controlado...
(Suavemente, tocas a pele do sonho, a dormir)
...A capacidade inerente... de acreditar

Terei de te arrancar com fogo e lágrimas?!
Será um gesto decidido como "partir"?!
O Oceano irá, infinitamente, transbordar.

Eli

(Imagem e palavras de Eli.)

terça-feira, maio 29, 2007

Da espera

Nunca soube muito bem o porquê de esperar. Dava-me sempre uma ansiedade terrível e tinha que fazer tudo o que podia para apressar a chegada da vida que queria viver... Talvez não tivesse condições para a espera, ou não valesse a pena esperar e eu sempre o soubesse.
Embora já tivessem tentado obrigar-me a esperar, os peixes não vivem dentro de uma rede. Ou escapam, ou morrem. No entanto, precisam de toda a água circundante. Há dias em que acordo de manhã querendo mudar tudo em segundos. As decisões racionais resultam, quebram, mas não alimentam sonhos nem sentimentos... E, agora sinto-me um pouco à deriva de um barco que me acolheu, mas não me leva a lado nenhum. Apenas vislumbro o Oceano, ora azul, ora branco...
Mania das analogias com o mar...
Eli
:)
P.S. Imagem de Eli...

quarta-feira, maio 23, 2007

A ilha


- Sonhas?
- Sim, sonho. Porquê?
.
E fechou os olhos para descobrir nos seus sonhos uma resposta para essa atitude tão natural, sem opções, sem decisões.
.
A Decisão
.
Num dia qualquer, porque as datas são comidas vivas por memórias esquecidas, decido. O "rap" deseja uma inpiração fugaz e a atitude passa a ser uma cobra envenenada... Há uma capacidade de fazer que quer acabar com a possível ilusão e está disposta a passar para uma realidade que quer saborear como se não houvesse mais destino nenhum nas suas pernas. E se não acontecer?! Cinquenta por cento de vida e cinquenta por cento de morte numa decisão?! Morte da angústia. Passagem... mudança. Sorrisos cúmplices em cinquenta por cento de vida. Mas, nem sempre a totalidade é um número e eu acredito.
.
Não queria esta ilha... Não... ;)
.
Eli
.
:)
.
P.S. Imagem de Eli.

quarta-feira, maio 16, 2007

Linhas


As linhas fecharam. Os copos no chão, impedem a passagem de uma alma, que jaz, junto ao corpo que respira. As ambivalências da saudação permanecem frágeis e anseiam por uma quebra. Há sombras no Sol e no ar, queimando a pele escondida à superfície... inundada de cheiros profundos, sensuais, que atraem espíritos fugidios. Não sou. Apenas existo junto aos corpos que circulam suavemente sós. O solo natural emana cheiros vindos de experiências cansadas de descobertas. Esquece-se. Admira-se. Dorme. Anda cambaleando. Lembra-se de descer uma rua, inspirando-se na noite quente. Sorri. Sabe qual é a sua sina, mas acredita. Teima. Quer a realização de um toque no fado das suas linhas marcadas, cinzentas. O som é esquecido. A música interpretada. O planeta invertido. A Lua errada. Cada passo ignorado. As pegadas... as pegadas... suspiradas!... O amor arrancado.
Eli
Fotografia: Ricardo

domingo, maio 13, 2007

O Fogo

A vida é como um fio de água...
Mas, a paixão é um fogo que nela arde
Incessantemente...
Está sempre no auge da rebentação
Das ondas do pensar
Pode arder pela inspiração
E por cada mais sangue e desejo
Não se consegue aguentar
Ansiando por um beijo
É o calor de um choque
Que percorre o corpo sem nada deixar
Ao alcance profundo do toque
O seu crescimento é uma opção
.
Mas, depois, umas lágrimas tentam acalmar
Esse arder, espreitando o "não"
Mas, o pulsar quer explodir!
.
E não há gestos que resistam
Não há vontade que não se tenha
É um suscitar de sentir
.
Fechar os olhos, com luz e cor
Ver no negro um doce sabor
.
Querer um segundo de amor.
.
Eli
.
:)
.
(P.S. Palavras e foto de Eli.)

quarta-feira, maio 09, 2007

O Teu Sorriso...

O teu sorriso arrepia-me
A memória do brilho do teu olhar
Permanece-me inalteravelmente suplicante
.
O estômago sente-se e espia-me
A escolha finge não reparar
Sentidos descontrolam-se incessantemente...
.
Eli
.
:)
.
P.S. Imagem obtida através de pesquisa no google.


Alegria

Num momento, a ansiedade
No outro, o sorriso
Comunico a capacidade
De aturar um "indeciso"
.
A força da coragem de conseguir
Um pântano num momento
E, logo noutro bem a seguir
Transformar o pensamento
Numa linha de originalidade
Pronta a navegar tanto no tormento
Como na alegria da positividade
.
Lembrar-me que tudo pode mudar
De uma forma surpreendente
Pode tudo menos estagnar
E viver o futuro, no presente
.
Eu sei que as minhas pegadas
Serão alvo de observação
Mas, jamais serão apagadas
Por quem as olhou com o coração
.
As minhas palavras serão rasgadas
Quando escritas em papel
Mas, as gargalhadas lembradas
Por quem as pinta com tons de pincel
.
E a perfeição é pedaço de homem desejado
É uma nódoa numas calças de trazer por casa
É aquele que por mim for mais cobiçado
Antes de outra o ter reparado
.
E ser feliz é simplesmente normal
Não é uma excepção para um dia qualquer
É um hábito de sentir um temporal
Arrepiar-me mesmo quando não está a chover
.
Conversas "Top Secret" entre linhas sem poesia
São cheiro a mar, suspiro e maresia
... a Amizade todo o dia a fazer pontaria
E a acertar em cheio no meu sonho de fantasia
.
Meu jeito de atirar para aqui as letras e tentar
Deixar uma réstia daquilo que vivi hoje a sorrir
É uma saudação musical merecida, ao acordar
E simplesmente emocionar-me apenas por sentir.
.
:)
.
Eli
.
P.S. Imagem de Eli (tal como as outras).

segunda-feira, maio 07, 2007

Estro


Simples. É uma sensação de trazer por dentro de avessos e tempestades uma calmaria inata... e... por cada passo que dou poderosa e segura, o coração vibra até as pedras sentirem que cada passo promete aos sorrisos umas tantas lágrimas de paixão e desilusão. Há um dia em que os olhos se abrem para um novo dia e para uma nova data em que o sono permanece distante do cansaço e os dois não conversam nem por telepatia. Há uma queda em mim de e por sentires, que apenas existem e são, que matenho soltos em redes para que possam ser pescados por sorrisos que se ultrapassam.
Há um corte que me permito por cada exagero personificado, mas o ciúme reaviva a chama imensa e a calmaria não permanece no sentimento que dança e pretende beber de...
.
.
Uma guitarra chama pelos arrepios
[escondidos debaixo da pele
E queres tanto soltar-te menos
Olhar-me além do que vêem os outros
Demonstrar-me o caminho a volver
E os sonhos do "afinal"
.
És a morte do motivo para escrever
És uma palavra que não faz sentido
És pouca inspiração molhada no crer
.
E... um dia, após o flutuar no suave de uma
[noite sem aparente sentido
Acordo com sintomas de névoas infindáveis
E... preencho-me com o sonho de um beijo
[enternecido... completo.
.
Levo-me em braços, sem pesos desconfortáveis
Sinto o sorriso a rasgar-se, automático, de veias repleto
Como se não precisasse de qualquer outra comparação
Que explicasse de onde bebem e arrancam inspiração
Estas mãos, teclas, dedos
Mudanças, cúmplices e segredos
Do meu inquebrável coração.
.
Eli
.
:)

domingo, abril 29, 2007

Um gesto de conspiração


Ali ao longe, uma ilha que não suaste
Que não desejaste à partida
Que não quizeste atravessar
.
Ali, um lugar de futuro e antítese
Um pedaço de chão e simbolismo
A magia num copo despido
.
Uma janela atravessada
A correr, com os pés marcados
Em solos pouco navegados
.
Ali. Não te rendeste à paciência
Tampouco à imagem
Talvez à tolerância
Da existência desta margem
.
Onde quererei estar afinal
Se em cada lugar me reflito por cada palavra banal
.
Cada sonho, uma despedida
Cada mar, uma partida.
.
Eli
.
:)
.
P.S. Imagens de Eli, neste blog, assim como as palavras, excepto as que devidamente assinaladas.

"Tudo o que te dou..."


Eu não sei, que mais posso ser
um dia rei, outro dia sem comer
por vezes forte, coragem de leão
às vezes fraco assim é o coração
eu não sei, que mais te posso dar
um dia jóias, noutro dia o luar...
gritos de dor, gritos de prazer
que um homem também chora
quando assim tem de ser
Foram tantas as noites sem dormir
tantos quartos de hotel, amar e partir
promessas perdidas escritas no ar
e logo ali eu sei...(Que)
Tudo o que eu te dou
tu me dás a mim
tudo o que eu sonhei
tu serás assim
tudo o que eu te dou
tu me dás a mim
e tudo o que eu te dou
Sentado na poltrona,
beijas-me a pele morena
fazes aqueles truques
que aprendeste no cinema
mais peço-te eu,
já me sinto a viajar
para, recomeça, faz-me acreditar
"Não", dizes tu, e o teu olhar mentiu
enrolados pelo chão no abraço que se viu
é madrugada ou é alucinação
estrelas de mil cores,
ecstasy ou paixão
hum, esse odor, traz tanta saudade
mata-me de amor ou dá-me liberdade
deixa-me voar, cantar, adormecer...
(Uma música de Pedro Abrunhosa que canto sempre que ouço e que me diz muito.)
Eli
:)

quarta-feira, abril 18, 2007

Flash

De repente,
Como o fogo num ventre

Dispáras o gatilho
E a vida volta a fazer sentido

De repente,
Uma imagem captada

Num lugar sombrio
Comum, vulgar

Num momento, há arrepios de acordar
Há corrimãos a desejar

Atrás dos pequenos objectos
Que guardam o poder

Água, terra, ar

Há um turbilhão de novo e de reconhecível
Atrás de uma carapaça distorcida

Não a vi
Levantaste a capa

E eu permaneci.
Viste-me sorrir. Sorriste.

E uma envolvência permaneceu.
E eu reconheço a música
A balada
O piano.

:)

Eli

sábado, abril 07, 2007

...fui, Fomos, sou...



Alternas os pontos e as decisões

Pegas nos botões das máquinas

E soletras algodão

Nem sei que disfrutar

Que pormenor agarrar

Esfregá-lo nas paredes loucas

Da noite solitária

E...

Vou-me com pouco

Sendo muito mais

Em desejos

E sonhos

Voar!!!

...

Num canto dos meus pensamentos

Um passado ergue-se e provoca-me sorrisos

Lembrar-me le alguém que me soube sorrir

Como sou, como fomos

O "nós" traz-me memórias "irritantemente"

Inesquecíveis!!!

E o Sol que se levanta além

Esconde as estrelas admiradas

Numa das mais belas e confortáveis

...

Estradas.

:)

Eli

quinta-feira, abril 05, 2007

Cor


(Fotografia de Eli.)
E, num manto ténue
Me espero, porque sem mim não parto
Mas, já fui.
.
Num esbranquiçado, altero regras e rumos
Numa posta de letras
Engulo saliva e sono
.
Barras de alternância
Amores
Dissabores
.
E ter a voz possuída
Tê-la nos ouvidos de profecta
Sou
.
Sublime metáfora no céu negro
Que me davas espelhado no mar
Sem estrelas para eu as procurar
.
Até que alguém
por momentos
Mas soube mostrar
.
E quero deixar ir o que previ
E viver o ardor do muito
E do teu
.
Levo-me
Não sei bem onde me buscar
Em casas desiguais
.
Num voo qualquer
Pensei navegar
Mas não havia rumo
.
Naufragar.
Partir.
Desejar.
.

Eli

terça-feira, abril 03, 2007

Açores (Terceira)


(Eli's photo!)

segunda-feira, março 26, 2007

pulsar


A cada minuto, a cada segundo
Não ouves, não ouço
Ouvimos apenas algo que não identificamos
O sangue é levado de um extremo ao outro
Um músculo
... uma bomba
Prestes a determinar vidas
Virado para um lado
Mas...
Centro de um Universo
Um ser inabalável, mas mortal.
Vontade própria
Autossuficiente
Dependente.
Matéria da minha matéria
Veia, casa e artéria
Lágrimas e orgasmos
Um único, o meu
... que tem como tecto um céu
E um vontade de bater
Sopro de fecundidade
Fértil em emoções
Não bate mais nem menos
que os outros corações!
:)
Eli

quarta-feira, fevereiro 28, 2007

... o momento ...


Apesar dos olhos tristes
Dos cigarros apagados
Dos cheiros esquecidos
Dos poetas condensados
Não foste, não existes
Não nego.
Afirmo a negação como um todo de toque em folhas brancas
Que cheiram ao velho do rascunho e do rasurar
Não me trago, não me existo
Sou
A capacidade de prolongamento não existe para vencer
O "ouro sobre azul" é aquele amarelo sobre edredão novo
E sorrisos sem cheiros e sem beijos
Muito à mistura dentro de um só pensamento
O momento.
Eli
:)
P.S. Imagem retirada da uma pesquisa feita no google.(http://observai.blogspot.com/2006_10_01_archive.html)

sábado, fevereiro 17, 2007

Ponte da Amizade!

Encontrei na internet esta imagem, cujo título era "Ponte da Amizade"! Neste momento é esta expressão que resume os meus pensamentos mais significativos.

Terceira, Praia da Vitória, 19:10 (Hora Açores)

Encontro-me num computador que não é meu, numa internet emprestada, numa casa que não conhecia até há poucas horas atrás. Se não fosse uma amiga que fiz recentemente e que me indicou uma pessoa que me recebeu aqui mesmo, não estaria agora nesta comunicação!
Passamos a nossa vida a imaginar um pouco do nosso futuro?!
Eu não faço planos a longo prazo. Sonhos?! Sim, mas a dois os sonhos perdem-se, desvanecem-se....
E o "dois" não será um sonho?!
Vive-se e depois acaba!
O trabalho faz-me viajar e passar por situações extremamente difíceis!
Não estou a imaginar outra forma de subreviver neste momento.
Talvez arranje outra forma de "viver"!?
Ou não...

Eli

:)

sábado, fevereiro 10, 2007

"Aterrada"

Como poderia eu não inspirar
Uma imensidão tamanha?!
Como poderia eu deixar
De inalar a minha vida amanhã

Passinhos pequenos
Pegadas marcadas
Na água?

Ela apaga pegadas na areia
Mas eu caminho sobre rochas
E enterro-me!

Volto à terra, para a seguir
partir
por esse mar
Sem ter medo de naufragar!

Eli

:)

Fotografia de Eli tirada na Ilha de S. Miguel.

segunda-feira, janeiro 22, 2007

Um dia de cada vez!


Qual caminho quereria eu percorrer
Todos os dias, quando não quero caminhar...

Há no meu peito uma palpitação
Que receio desligar
Haverá em cada corpo um botão
Para pressionar?!

Na areia negra
Se deitam os meus pensamentos
Escritos em azul e luar
Escondido em momentos

Onde a capacidade de respirar
É mais uma chave fixa, um tesouro
Para não sofucar
Para não me dedicar ao choro

Não sei onde fui buscar a apatia
Aparente vontade de prosseguir

Fé!

Alegria!

Sorrir!

:)

Eli

terça-feira, janeiro 09, 2007

De volta! :) Açores, aqui vou eu again!


Ora... são uns calhaus no meio do mar que provocam muitos sorrisos, ou será o quê?!

Estou de volta aos Açores. Chego amanhã a S. Miguel, ilha que vou pisar pela primeira vez, com muito gosto!!!

Lá vou eu usar muito este blog como meio de comunicação, tal como no ano passado!

Obrigada.

:)

Eli

(Foto das amigas.)

segunda-feira, janeiro 01, 2007

First


Além, além, além...
Me vejo plantada na solidão
Como que flutuando
Entrelaçada nas nuvens
De um céu
que não é meu.

Eli

:)

(Fotografia de Eli!)